10.23.2006

 
NÚCLEO DE JORNALISTAS AFRO-DESCENDENTES
DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO SUL


por Santa Irene, Jeanice Ramos e Vera Daisy Barcellos

O Núcleo de Jornalistas Afro-descendentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul foi criado em 2001, para atender as demandas do Comitê Afro-Brasileiro do Fórum Social Mundial. A necessidade foi repassada a jornalistas militantes do Movimento Negro, durante o ano de 2000, depois de os negros de todo o mundo terem enfrentado enormes dificuldades para tornarem visíveis sua participação e ações durante o I Fórum Social Mundial, sem nenhum apoio para a divulgação de sua participação.

As constatações do Movimento Negro organizado comprovavam a invisibilidade dos negros no Brasil e o desinteresse dos veículos de comunicação por suas causas e ações.

Em meados de 2000 a demanda foi encaminhada à Diretoria do Sindicato dos Jornalistas e indicado o nome da Jornalista Santa Irene Lopes de Araújo (militante do Movimento) para atuar na coordenação do Núcleo na Comissão do Comitê Afro-Brasileiro. Receptiva à solicitação, a diretoria sugeriu, então, a criação de um Núcleo, que congregaria jornalistas afro-descendentes e daria apoio durante o II Fórum Social Mundial em 2001.

No primeiro momento o Núcleo foi constituído pelas jornalistas Santa Irene e Jeanice Ramos, que convidaram outros colegas afro-descendentes para definirem a linha política e as ações do Núcleo.

Desde então algumas reuniões foram realizadas, com apoio do presidente do Sindijor, José Carlos Torves e outros membros da diretoria. Mas as dificuldades de identidade e de comprometimento orgânico com as demandas da etnia, que permeiam historicamente a sociedade brasileira, foi um obstáculo intransponível, impedindo que o Núcleo tomasse forma. Mesmo assim, com esforço de alguns, muitas tarefas foram cumpridas e o Núcleo esteve presente em diversas atividades organizadas pelo Movimento Negro, nestes três anos.

Ao mesmo tempo em que os incentivadores do Núcleo encontravam resistência dos jornalistas à participação orgânica, comunicadores de emissoras de rádio, televisão, veículos comunitários (jornais e rádios), relações públicas e publicitários afro-descendentes participavam voluntariamente e manifestavam a vontade de se integrarem ao Núcleo.

Durante as comemorações da Semana da Consciência Negra de 2003, no Quilombo Zumbi dos Palmares, comunicadores de diversas áreas passaram a colaborar voluntariamente com o Núcleo. Foi decidida, então, a formalização do Núcleo de Comunicadores Afrodescendentes no Sindijor-RS, que hoje conta com um cadastro de 64 comunicadores, dos quais 32 participam eporadicamente e nove estão atuando de forma permanente, discutindo as questões da etnia nos meios de comunicação, buscando a definição de políticas que reconheçam e legitimem suas especificidades, manifestações culturais e forma de viver próprias, legados deixados à população brasileira pelos ancestrais africanos. Os profissionais de comunicação afro-brasileiros preocupam-se e buscam – cumprindo seu dever de ofício – o reconhecimento, valorização e respeito pelas características específicas de sua etnia nos meios onde atuam profissionalmente e em todas as instâncias sociais, políticas e econômicas do Estado e do País.

CONFIRA NO SITE www.jornalistas-rs.org.br

TESES APROVADAS NOS CONGRESSOS:

XXXI Congresso Estadual dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul
XXXI Congresso Nacional dos Jornalistas / João Pessoa – Paraiba/2004

SEMINÁRIO:"O Negro na Mídia - a Invisibilidade da Cor"

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O Negro na Mídia: a invisibilidade da cor. Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul. Núcleo de Comunicadores Afro-brasileiros. Porto Alegre, Sindjor, 2005.

Comments:
po!! ne terrivel nosso povao nao ter espaco na midia branca que país hein!!!!!
(pretha.blogspot.com)
 
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